terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aos quinze.


Comecei de fato a viver;
Aprendi a pensar sozinha, a me virar sozinha.
E o mais importante, aprendi a ser forte.
Deixei de lado a meninice e a infantilidade,
Que insistiam em me acompanhar até então.
Até os quinze, quase nada sabia,
Como até hoje permaneço.
Das coisas de menina, ficaram poucas.
Creio que apenas um pouco de solidão e tristeza.
Só isso.
Aos quinze, a idade de ouro descobri mesmo sem querer que posso ser bela...
Basta querer.
Descobri que o amor existe.
E comecei a viver na esperança de que um dia ele sorrisse pra mim.
Aos quinze aprendi a enfrentar
Inclusive a mim mesma.
E aos quinze passei a encarar a vida de outra forma.
Foi algo completamente novo.
De repente, como que em um passe de mágica
Muita coisa mudou, muita coisa aconteceu.
Pessoas vieram e foram embora.
Coisas entraram e saíram da minha vida.
Ganhei e perdi amigos.
Realmente aos quinze entendi muita coisa.
Principalmente, muito de mim.
Muito já mudou, muito já passou,
Algo continua, mesmo em meio à mudanças.
Algo não deixará de existir.
Permanecerá viva nem que seja em memórias, lembranças.
Tão somente eu.
Eu que sempre fui a mesma, apesar de me reinventar sempre.
Eu que permaneço igual, apesar das descobertas que fiz aos quinze.
E que apesar de tudo o que passou,
De tudo o que viveu,
Permanece quase intacta...
Trazendo na alma apenas algumas marcas de aprendizado.
Algumas cicatrizes e algumas feridas novas...
Quem sabe, estas sararão aos dezoito...

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Palavras sempre ajudam, não importa o quão duras elas sejam, sempre me trarão algo pra aprender.