quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A apenas 18 dias.


Escrito em 05 de agosto de 2010.
Exatamente às 20:04 hs.

Hoje, começo a sentir as emoções que sempre me cercam quando se aproxima esta data.
Sinto-me coberta delas, e posso afirmar que não consigo classificá-las em boas ou más, pelo menos não até agora.
São apenas sensações, emoções à toa, coisas vãs, às vezes até meio que sem sentido, mas que inevitavelmente me levam a pensar, refletir.
Quando ela se aproxima, lembro-me de muito do que acontecei no decorrer de minha curta vida, logo pego-me rindo, falando e/ou chorando sozinha, como uma boa menina tola e sozinha.
Choro, na maioria das vezes de alegria pelo fato de que ao olhar para trás, posso perceber o quanto tenho mudado, evoluido sem perceber. Também choro de tristeza, um choro amargo, que me atinge de tal forma a me doer; Sorrio, ao lembrar das coisas que fiz, do que conquistei e pelos amigos que Deus me deu de prsente ao longo da minha vida.
Me alegro, ao pensar em meu amor; e choro ao lembrar de como era difícil a vida antes de encontrá-lo.
Lembro-me muito de palavras que escrevi em meus diversos momentos.
Consigo recordar perfeitamente de palavras ásperas, amargas, tristes e ofensivas que desfiro sem o mínimo pudor quando não estou bem.
Lembro também das palavras alegres, confortantes, entusiasmadas, coloridas e tâo cheias de vida que declaro às pessoas que amo, sim, pois eu amo.
Amo à vida, meus amigos, minha família, meu AMOR, e acima de tudo, MEU DEUS.
Só me entristeço quando lembro que as perdi (as palavras), qua já não mais tenho em minhas mãos, sentindo um leve sintoma de frustração por não conseguir organizá-las novamente;
De certa forma, é bem feito pra mim, pois quem manda ser tão intensa, tão explosiva? Quem manda ser tão...tão... Sei lá.
E quem manda prender meus sentimentos a pedaços de papel?
É, sei que tenho culpa por isso, mas fazer o que né?
Me aproximo desta data; estou a apenas 18 dias dela... Parece que ela corre atrás de mim.
Faltam 18 dias para 18 anos. Isso é engraçado.
Ontém era um bebê, a menina da mamãe, a filhinha querida do papai.
A menina levada, que corria, andava descalça, brincava na rua.
A menina a frente do seu tempo, com mania de independência e solidão constantes.
A garota rebelde, que gostava de rock e andava como uma louca.
A garota inteligente e calada, que sofre sozinha e não deixa que ninguém perceba.
Ainda ontém tinha medo do escuro, e confesso que ainda tenho...

Mas e hoje, o que sou?
A jovem falante, extrovertida, risonha e palhaça
Ou uma criança solitária, calada, triste e reprimida?
Bem, acho que sou as duas pessoas citadas.
Longe de mim ter dupla personalidade, mas minha vida é feita de momentos, bons e ruins, mas que fazem com que minha história seja escrita.
Meus momentos traçam minha vida, constroem voluntariamente minha biografia.
Nesse dias, descubro a infinita beleza de ser eu mesma, e como é bom poder ver minha imagem refletida no espelho; nesse período agradeço mais do que nunca a Deus por tudo o que recebi.
E me conformo, ainda que apenas por um mês com minha imagem.
Não sei por que, mas agosto tem algo que me deixa diferente, que me transforma...
Algo que nâo sei descrever, nâo sei se gosto ou nâo...
Sei que agosto me amadurece, me envelhece e ao mesmo tempo me mantém viva. Agosto pra mim, é como o oxigênio que ao mesmo tempo que nos mantém vivos, nos envelhece e nos mata a cada dia, por tanto, não sei se gosto tanto.
Mas encerro por aqui, pois as palavras já começam a ficar escassas, e não quero deixá-lo cansado, apenas usando trechos de músicas que eram minhas canções de ninar quando ainda era uma vidinha dentro da minha mãe... e logo depois, uma vida na terra.
Essas músicas fazem parte da minha história... As estou cantando enquanto escrevo estas palavras e confesso a vocês, que neste exato momento, deixo cair algumas lágrimas... Estas escorrem suavemente e bem devagar, percorrendo uma boa parte do meu rosto, até chegarem ao chão.
São lágrimas tolas, que descem sem parar... Insintentes demais.
Mas paro por aqui e escrevo os trechos das músicas...


" É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, por que se você parar pra pensar, na verdade não há...
Você culpa seus pais por tudo, isso é um absurdo...
São crianças como você;
O que você vai ser quando você crescer..."

"Sou uma gota d'água,
Sou um grão de areia.
Você me diz que seus pais não lhe entendem,
Mas você não entende seus pais..."

E ESTE TRECHO ME EMOCIONA BASTANTE:

"Meu filho vai ter nome de santo...
Quero o nome mais bonito..."



"As entradas do meu rosto e os meus cabelos brancos aparecem a cada ano no final do mês de agosto.
Há vinte anos você nasceu, ainda guardo um retrato antigo, mas agora que você cresceu, não se parece nada comigo; esse seu ar de tristeza alimenta a minha dor, tua pose de princesa, de onde você tirou?
Amanhã é 23, são oito dias para o fim do mês, faz tanto tempo que eu não te vejo, queria o teu beijo outra vez."



bjO!

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Palavras sempre ajudam, não importa o quão duras elas sejam, sempre me trarão algo pra aprender.