Slow Life

Agora a vida parece se arrastar,
Cada segundo é eterno,
Parece demorar séculos pra acabar.
A lentidão se faz presente
E a monotonia,
Tomou as rédeas da minha vida.
Nada acontece de novo.
São sempre as mesmas músicas,
Os mesmos sabores,
As mesmas imagens e pessoas
E o pior...
A mesma distância e a mesma saudade de sempre.
Nada acontece e assim,
Fica tudo tão chato,
Acho que o tempo parou.
Eu queria algo interessante,
Capaz de me deixar contente
Por bem mais que cinco minutos.
Gostaria que um mês passasse rápido
Para que eu seja submetida
À mais importante experiência da minha vida.
Queria que tudo fosse bem rápido,
Até mais rápido que a morte...
Queria que os segundos passassem em tempo normal,
E que os minutos corressem mais aceleradamente;
Pois eu tenho pressa em viver,
Tenho pressa em ser feliz,
Estou cansada da vida parada,
Da falta de acontecimentos
E da monotonia.
Não aguento mais a lentidão dos meus dias,
Cansei de apenas sobreviver,
Quero mesmo é viver.
Cansei de esperar o nada,
Estou farta de vegetar,
Quero mesmo é descansar disto...
Preciso de acontecimentos,
De fatos marcantes,
De histórias pra contar.
Preciso que a vida aconteça,
Que um mês passe voando,
Que eu possa viver de fato.
Desejo poder amar sem limites,
Não ter despedidas tão rápidas
E ausências tão longas.
Rejeito a monotonia,
Não aceito a falta de ocorrências.
Não aceito estar parada,
Cansei disto,
Foram muitos anos nesta condição,
E minha vida foi sempre tão lenta
Que quase nem lembro do que já aconteceu,
Afinal, foram dezoito anos,
Mais parecidos com 18 séculos,
E não dezoito segundos,
Vivendo em uma eterna chatice,
Presa à chatice e à rotina;
Muito tempo,
Esperando que o tempo passasse
Quando ele bem entendesse.